04 outubro 2012

CONSCIÊNCIA ALINHADA

Em toda a nossa jornada de vida,
desbravaremos vários caminhos.

E, sinceramente, não importa se
muito longos ou bem curtinhos.

Provavelmente, nos depararemos
com muitos e inevitáveis espinhos.

E, lutaremos para o nosso coração
não corresponder com desalinhos.


Vannessa Adryanna

NÃO ME ESQUECER

No silêncio da madrugada,
enquanto você dorme bem,
eu me arrisco, me atrevo
e alguma coisa eu escrevo.

Pensando que quando seu
dia amanhecer, e você bem
descansado, se despertar,
quem sabe, de mim lembrar.

Depois, por mais atordoado
que seja seu dia, nem por um
minuto, você, queira e nem
consiga de mim, se esquecer. 


Vannessa Adryanna

PROCESSO DE AMAR

Diversos sentimentos, cumprindo
MANDADO DE PRISÃO,
nos APRISIONAM às pessoas, 
de maneira INAFIANÇÁVEL.

Já cumprindo PRISÃO PREVENTIVA, 
encerra-se o devido INQUÉRITO,
então, pronuncia-se o PROCESSO, 
e como réus somos JULGADOS.
 
Por todo o TRÂMITE PROCESSUAL, 
a nossa razão nos ACUSA,
enquanto a nossa emoção nos DEFENDE, 
ambas, de formas implacáveis.

E, ao final de tudo, nos CONDENA, 
com uma dosimetria penal injusta, 
sem nenhum direito ao 
ARREPENDIMENTO libertatório.

Então, só precisamos saber 
ADVOGAR bem, e a tempo, para
defendermos uma melhor maneira 
de cumprirmos a nossa PENA.

Pois, sem termos DIREITO 
a uma DELAÇÃO PREMIADA, 
e pela grande severidade que envolve, 
nada de PENA ALTERNATIVA.

Precisamos de PROVAS elencadas 
aos AUTOS DO PROCESSO de
forma ser CULPOSO, e não DOLOSO, 
com ATENUANTES, e não AGRAVANTES.
 
No máximo um DOLO EVENTUAL, 
onde assumimos o risco 
de qualquer consequência por 
IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA ou NEGLIGÊNCIA.

Numa consciência certeira de que 
nos haverá uma CONDENAÇÃO,
então, que o melhor nos aconteça, 
num justo andamento e jugamento.
 
Possivelmente, termos GRADES, 
nos cerceando o direito de ir e vir, 
e com uma imperiosa incerteza de uma 
possível ou não segurança PRISIONAL.

Ou, termos ALGEMAS, atando nossas mãos, 
e apertando o nosso coração,
na esperança de PROGRESSÃO PENAL 
à LIBERDADE CONDICIONAL.

Que estejamos atentos para 
conseguirmos uma CÉLERE DECISÃO, 
e não deixarmos que tudo corra à REVELIA, 
sem nossa mínima participação.

Antes de se esgotarem todos 
os possíveis RECURSOS, pois depois
somente nos resta a resposta definitiva 
do TRÂNSITO EM JULGADO.

Vannessa Adryanna

RETROCESSO

Eu sempre valorizei, admirei, e me envaideci
pela oportunidade de, uma sem graça, lagarta
ter se transformado, numa aparente, borboleta

Não foi fácil, ter que viver essa metamorfose,
para conseguir ser um melhor ser num ser já
existente, numa variedade de cores, ser espelho

Então, eu pensei e tentei fazer valer a pena,
só não pensava que sem a proteção do casulo,
eu teria que viver, sobreviver às duras penas

Voei, sobrevoei, pairei pelos mais lindos jardins,
experimentei, me deliciei dos mais doces néctares,
nem pensei: Rosas são lindas, mas têm espinhos

E, alguns desses espinhos, minhas asas feriram,
e uma incrível vontade de retroceder ao casulo,
no intuito de reabilitar minhas asas, me invadiu.


Vannessa Adryanna

ATITUDES

Seria muito bom que pudéssemos ser bem
compreendidos por meio de nossas palavras,
mas esperam mais de nós, atitudes sinceras...

Quando amamos de verdade, nem precisamos
de palavras para expressar o nosso amor...

As palavras são meros ornamentos diante
das atitudes que falam por si, sobre o que
somos, pensamos, sentimos e queremos...

Podem até duvidar do que nós falamos, mas é
quase certo que acreditarão no que nós fazemos.

Uma boa e sincera atitude sempre valerá muito
mais que mil palavras, nossos gestos transmitem
com perfeição a nossa vida, a nossa essência...

A escolha é sempre nossa: Palavras soltas ao vento,
ou atitudes que se eternizam nos corações...


Vannessa Adryanna

SAUDADES INFINITAS

Eu me sinto invadida por enormes saudades:
Saudades de mim,  e de outras tantas pessoas
que sei não poder abraçá-las nesse momento,
pois há uma distância física, mas que da minha
parte eu não me permiti afastar emocionalmente.

Mas, infelizmente, parece que por causa desta
distância física, algumas pessoas tem permitido
uma certa distância emocional, sinto que alguns
elos das correntes que nos ligavam, foram se
perdendo ao longo do caminho, infelizmente.

E, isso me deixa com muito mais saudades de mim
quando eu tinha oportunidade de estar com elas,
e mais saudades delas quando as tinham próximas
de mim, são tantas saudades a me consumirem,
que sinto o coração em irreversível desalinho.

São inúmeras as vezes em que eu quero encontrar
não sei quem, em algum lugar que não sei bem,
para resgatar algum sentimento que não sei qual,
e que não sei onde e nem por que o perdi, pois sinto
um vazio impreenchível nesse coração sozinho.


Vannessa Adryanna

DA JANELA

Me coloquei à sentinela
A espreita, numa janela
Por uma linda aquarela

Novas nuances avistar
Na esperança de tornar
Minha vida bem salutar

Preciso enxergar uma pista
Emoldurada, porém realista
Riscado um caminho de ida

Voltar é mais que proibido
O caminho já foi conferido
Por um anjo, bem assistido

E nada do que foi será
Tudo novo se mostrará
E meu sorriso retornará

Vannessa Adryanna

CONHECENDO-NOS INTIMAMENTE

Quando pessoas olham-nos nos olhos,
estão prestes a descobrirem muito além
do planejado, ou que pudessem prever...
 

Surge o poder ímpar de decifrarem
coisas que, até então, se escondem bem,
no lugar mais íntimo do nosso ser...
 
Olhos são portas dos caminhos certos

no confuso labirinto da nossa alma,
do nosso ser, da nossa essência...


Ótima oportunidade de conhecerem
tantos mistérios, os mais insondáveis,
os bem encerrados em nós mesmos...
 

Quando alguém olham-nos nos olhos,
parecem saber despir o nosso íntimo
 sob nosso consentimento ou não...

E podem mergulhar bem mais fundo em
nossos pensamentos, nossos sentimentos,

trazendo-lhes um íntimo conhecimento.

Vannessa Adryanna

DESEJO SINCERO

Que eu possa conseguir levar,
ao maior número de pessoas,
felicidade e tranquilidade...

Que eu consiga harmonizar
o mundo por meio das minhas
mais diversas ações e reações...

Que o meu amor possa tocar
o coração das pessoas que
cruzarem o meu caminho...

Que muitas pessoas se sintam
intimamente tocadas com os meus
sentimentos, pensamentos, atitudes...

Que eu seja um bom canal
para conduzir bons sentimentos
à qualquer pessoa, e vivam bem...


Vannessa Adryanna

27 fevereiro 2012



SEM JOGOS

Eu não participo de jogos de palavras, 
manipulações de atitudes, nem mesmo de 
distorções de sentimentos, pensamentos,
ações e reações, pois sou uma pessoa bem
sincera e sempre autêntica.

Eu falo ou demonstro, sem sair da linha, 
da ética, da moral, da educação e dos bons 
costumes, na cara de quem quer que seja, 
tudo o que eu penso e sinto, não sei viver 
de disfarces, envolta em falso moralismo.

Sou suficientemente mulher para assumir 
e, também, para arcar com cada uma das 
consequências, sejam elas, boas ou ruins, 
de tudo o que eu falo, de todas as minhas 
ações ou possíveis omissões.

Prefiro ser autêntica, e viver às prováveis
consequências dessa minha escolha, que 
sobreviver em infindo e total desconforto, 
ou ainda morrer sufocada pelas máscaras 
bem aparentes da hipocrisia. 

Não quero ser, e sei que não sou melhor que 
ninguém, muito menos a dona da verdade, 
até porque, a verdade é muito relativa, e 
cada pessoa tem a sua, e enxerga as coisas 
segundo um prisma diferente e único.

Mas, também não sou uma pessoa que sabe
ficar se escondendo por trás de convenções, 
do tipo,"politicamente correto", não quero 
desagradar a ninguém, mas não vivo em 
prol de agradar a todos, nem seria viável. 

E, apesar d'eu ouvir as pessoas dizerem que 
imponho o meu jeito de ser, e também, que 
elas não são obrigadas comigo assim conviver, 
mesmo assim, independente do que dizem eu 
prefiro ser eu mesma e mais ninguém. 

Vannessa Adriana Butterfly

07 fevereiro 2012


 UMA LIÇÃO DA VIDA 

A vida me lembra, sabiamente, cada novo dia,
Que ela é efêmera, e para não se tornar vazia
Eu devo aproveitar bem, a cada novo instante,
Como se fosse presente raro, sempre radiante.

Que eu preciso cuidá-la como de um brilhante,
Ladrilhá-la, tornando-a pública ao semelhante
E apresentá-la como bom exemplo de verdade,
Sem deixar de ser fiel à minha autenticidade.

Arestas devo aparar, sendo eu mesma a lapidar
Não posso, nas adversidades, chegar desanimar
Preciso moldá-la do jeito que eu melhor escolher,
Para eu alcançar a melhor maneira do bem viver.

Vannessa Adryanna

18 janeiro 2012

 

DICOTOMIA

O amor é capaz de mudar todos os tristes e
incômodos físicos, emocionais e espirituais,
vividos por cada um de nós ao longo da vida.


E, pode mudar também, cada uma das muita
nuances da nossa vida, cada estação, fazendo
em qualquer tempo, qualquer momento, de
uma única e fantástica maneira sentirmos
como se vivêssemos uma eterna, linda, única
aromática, florida e colorida PRIMAVERA.

Sem o amor, parece que passamos pela vida
no preto e branco, ou, talvez, numa nuance de
cor neutra, quase indefinida como a cor cinza.

Sobrevivemos tropeçando, caindo, nos ferindo
em cascalhos, pisando em tenras folhas secas,
como se de alguma ou inevitável forma, fosse,
exclusivamente, obrigatório para que em todo
e qualquer momento, enfrentássemos todo
um, terrível, solitário, cinza e frio INVERNO.

Vannessa Adriana Butterfly

11 janeiro 2012


ORGULHO DE SER QUEM SOU


Orgulho próprio não é sinal de egoísmo, e nem de narcisismo, pelo contrário, é sinal de amor próprio, um dos principais componentes de uma vida construtiva, pois sem o orgulho, nos tornamos servos, exímios escravos de uma sociedade genuinamente hipócrita, falsamoralista, capitalista e inescrupulosa.

E, por fim, nos tornamos escravos de nós mesmos, de uma cultura sem nexo, e de costumes impostos, frutos da terrível massificação. Mas, apesar de eu ter consciência de ser assim há tempos, eu não me acostumo com essa sociedade, e me questiono o tempo inteiro: Será o que é melhor para nós, será o que pode nos fazer pessoas melhores, quando teremos dias melhores, com pessoas melhores?

O que será melhor? Ser uma pessoa que, a muito custo, tenta se enquadrar aos moldes ditados, e impostos por essa sociedade, para sentir-se incluído, como a maioria, e assim, aparentemente, ser bem aceita por ela? Ou, ser uma pessoa que, assim como eu, autêntica, se percebe diferente, e por não se identificar com a maioria, se sente obrigada a se assumir adversamente em relação ao senso comum e, também, a arcar com as muitas consequências da não aceitação por uma parte considerável da mesma?

Diante de tudo isso, ou somos mais ou menos em tudo, sempre aceitando imposições, manipulações, aceitamos a não termos opinião própria, pois parece que querem dirigir a nossa vida, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nossas atitudes e nossas reações diante do que nos fazem. Ou, então, somos criticados, massacrados, excluídos por todos àqueles que seguem um padrão que não inclui autenticidade.

E, por não escolherem a autenticidade, se permitem serem produtos do meio, produto de uma sociedade falsomoralista, julgadora e condenatória de todas as coisas que não se enquadram aos seus moldes, não se importando de passarem por cima de coisas, pessoas, sentimentos, e se esquecendo de se importarem se o resultado de seus comportamentos possam trazer transtornos às vidas de outras pessoas e, como consequência, às suas vidas também, e acabam por enganarem as outras pessoas, e a si mesmos.

Mas, infelizmente, ou felizmente, não sei, eu não aprendi a ser uma pessoa mais ou menos sincera, mais ou menos verdadeira, mais ou menos transparente, mais ou menos objetiva, mais ou menos um monte de coisas. Tudo que aprendi, nessa minha vida, foi ser inteira em qualquer que seja a situação, ocasião, lugar e com quem quer que seja, inclusive, comigo mesma.

Eu vivo à minha maneira e sem medo, e tenho plena consciência  de que não agrado muito, pois, como já disse, não sei fazer nada de um jeito mais ou menos, pois o que eu não quero é me tornar uma pessoa mais ou menos, com pensamentos, sentimentos, atitudes mais ou menos, quero ser uma pessoa inteira em integridade, sinceridade.

Eu prefiro ser uma pessoa inteira, quero em minha plenitude, quero sempre poder sentir orgulho de mim mesma, não quero interferir negativamente na vida de ninguém, e mesmo não conseguindo agradar a todos e de, às vezes, arrumar problemas com essa sociedade hipócrita, conseguir sentir-me em paz comigo mesma, e com todo o resto do mundo, poder ser feliz.

Eu me sinto completa sendo assim, pois sou quem eu quero ser, e vejo que tenho caráter e personalidade concretos e verdadeiros, pois não se abalam, não se corrompem diante de qualquer circunstância.

E, o melhor de tudo isso, é que eu aprendi algumas coisas muito importantes e de inigualável valor: A me assumir como sou, a querer e saber arcar com as consequências pela a pessoa que sou, aprendi a gostar de mim mesma pelo que sou e ter muito orgulho de ser quem eu sou.

Mas, eu não quero ser uma pessoa orgulhosa pretensiosa, prepotente, apenas uma pessoa que sente muito orgulho por ser quem é, independentemente do que as outras pessoas sentem, pensam e falam, mas, sem fazer mal a ninguém e nem mesmo a mim. Não quero um orgulho prejudicial, que fira as pessoas, mas quero só um orgulho que me leve em frente sem pisar em ninguém, que me impulsione a querer ser melhor.

E, quando, em algum momento, eu sentir esse orgulho querendo fugir de mim, ou tomando outra direção, quero ter percepção suficiente para saber e querer reconhecer, amadurecer, crescer, repensar, reconstruir, me superar, mudar as minhas ideias, minhas atitudes, os meus pensamentos, os meus sentimentos.

Pois, apesar da autenticidade que carrego, como reconhecida marca registrada da minha personalidade, tenho consciência de que não sou um ser completo, perfeito e imutável, e não tenho orgulho da teimosia que insiste ser imperiosa em todo ser humano. 

Mas, quero e vou continuar lutando contra mim mesma, contra as pessoas, e contra o mundo, para que as pessoas que me amam, pessoas que me cercam, que me conhecem na essência, e não só na aparência, continuem me admirando, sem me julgar, pelo contrário, tentem me entender, e me aceitar como sou, e que eu continue, sem medo de ser feliz, tendo muito orgulho de ser quem sou.

Vannessa Adryanna