29 julho 2011


COMO É QUE AS PESSOAS ME VÊEM?


Será que eu sou como as pessoas me vêem, e não aquilo que eu penso, ou quero ser? Ou, ainda, será que não sou nenhuma coisa nem outra, sou uma mistura de todas as coisas, um pouco do que quero, do que penso, do que querem, do que pensam que sou? Não é que eu me importe, sinceramente, com isso, ou que isso exerça alguma grande diferença na minha vida, mas eu sinto ser intrigante o exercício de pensar em como os outros me vêem, e fazer uma análise do que realmente eu sou, penso ser, quero ser, e no que pensam, ou exigem, visivelmente ou camufladamente, que eu seja.

Eu não tento passar nenhuma imagem, e eu sei que, se eu tentasse, não conseguiria mesmo, pois sou muito sincera e transparente. E, é justamente por esse meu jeito direto de ser, que algumas pessoas já se atreveram em me falar que sinceridade demais pode atrapalhar, e, apesar de já ter comprovado isso, na minha vida, em diversas situações, por incontáveis vezes, quero continuar insistindo na minha sinceridade, na minha autenticidade, pois é sem hipocrisia que me sinto feliz.

E, mesmo eu percebendo que não agrado a todos, com essa minha maneira de ser, não uso máscaras, e não quero passar nenhuma imagem diferente da pessoa que eu sou, sei que essa tentativa de passar uma outra imagem seria frustrada, pois a falsa imagem seria distorcida de mil maneiras diferentes, de modo que eu desagradaria ainda mais, pois não suporto, me sufoco com máscaras, e, com certeza, não me comportaria bem, nem o tempo suficiente nelas.

Dificilmente, vou encontrar alguém que me veja como eu sou, isso, porque as pessoas nem sempre são imparciais ao analisarem umas às outras. Permitem-se influenciarem por coisas alheias à realidade, ou julgam pela aparência, sem se preocuparem com o conteúdo, com a essência.

Quase sempre levam em consideração, conceitos pré concebidos, os sentimentos que, sem nos conhecer direito, sem nunca ter nos dirigido a palavra, ou ter ouvido alguma opinião nossa, já nutrem por nós (sejam eles positivos ou negativos), também levam em consideração as opiniões que já ouviram sobre nós, as situações pelas quais já passaram com alguém que de alguma forma os levam a lembrar de nós, a nos comparar com outros.

Sem contar, que cada pessoa tem uma personalidade, tem o seu jeito de ser, sentir, pensar, agir e reagir, cada um tem os seus conceitos de moral, ética e bons costumes sociais, que há diferenciação de caráter, e muitos não se ligam que a moral e a ética deveria ser trabalhada da mesma forma na vida de cada pessoa, e que todos desde a mais tenra idade deveriam pautarem suas vidas em bons costumes, para desde adquirirem bom caráter.

Confesso que, eu sou muito ruim em conseguir esconder os meus sentimentos, e as pessoas, em sua grande maioria, são muito ruins em captá-los, percebo isso, geralmente, pela imensa quantidade de interpretações equivocadas diante das minhas ações, reações, demonstrações ou omissões.

Eu queria ser uma pessoa um tanto quanto fria, sabe? Sentir bem menos, pensar menos, demonstrar menos, me preocupar menos, me importar menos, gostar menos... Mas, eu não consigo ser menos, sou sempre mais. Tenho esse meu jeitinho peculiar de ser, e mesmo ciente de que nem todas as pessoas me vêem como eu sou, realmente, eu prefiro continuar sendo eu, desse jeitinho, me aperfeiçoando, me transformando em um melhor ser dentro do mesmo ser de que eu me orgulho em ser.

E, com um pouco de fé e perseverança, permaneço a esperar que um dia as pessoas comecem a me enxergar além das aparências. Quem sabe, assim eu não consiga ser vista pela minha essência, como eu sou de verdade, e não como pensam que sou, ou querem que eu seja até com uma certa exigência, em equivocada experiência.

Vannessa A /b>

28 julho 2011


ALMA LIVRE 

Às vezes, sinto que os meus olhos se perdem
lentamente no infinito, nesse exato instante,
sinto minh'alma percorrendo um lugar mágico, 
por mim jamais visitado, irreconhecível, mas,
tão afável que arrebata-me da tensa realidade.

Então, me entrego a verve, e sinto-me uma poeta
de alma livre, pareço liberar o corpo, para que 
meu espírito se deleite agradecido, pois algo até 
então camuflado, enxergo como numa miragem,
interessante realidade, em tal expressividade. 

Quando ele retorna, não deixa de trazer consigo,
uma premiada inspiração, para que com fértil
imaginação, e em qualquer quantidade de boas
e emocionantes palavras, eu consiga transmitir
às pessoas, um pouco de alegria e humanidade.

Levando-as a sentirem, pensarem, sonharem e
enxergarem, por meio do espelho da minh'alma,
numa imagem translúcida do meu próprio eu, 
bem alucinado e em completo e eufórico êxtase, a
desejarem, no profundo de suas almas, liberdade.
 
Vannessa Adriana Butterfly

DESEJO DE UM CORAÇÃO FERIDO 

Uma típica calmaria vinda após densa chuva, 
tão assustadora que consegue nos arrebatar, 
e uma enorme melancolia, nos faz ausentar da 
nossa noção, ficar longe da razão, uma infinita
emoção, comoção, ativando nossa inspiração.


Calmaria, essa, que nos convoca até à janela, 
e, levemente, escorremos com nossos dedos, as 
gotas d'água da vidraça, observando o fim da
tempestade que se esvai em últimas gotículas
como dançarinas ao som de melodiosa canção.


Com um pouco de sorte, enxergamos um lindo
e relusente arco-íris, por trás do sol radiante,
com a janela emoldurando a linda paisagem,
diante dos nossos perplexos, porém, crédulos
olhos, direcionados por nosso frágil coração.


Pois, então, após cessada essa longa noite de
densa chuva, o dia desperta com um lindo sol
resplandecente em brilho e calor, e é essa, a
sensação que eu estou desejando amanhecer
qualquer dia desses, no meu ferido coração.
 


Vannessa Adriana Butterfly

27 julho 2011


O AMOR 

O amor propõe paz e união, 
nos alerta para a comunhão,
desperta imensurável emoção.


O amor nos estende sua mão, 
se aceitamos abrir o coração, 
em nós inicia uma renovação.

O amor nos ajuda a questionar,
nos leva à realidade despertar, 

sentirmos em nós, nos libertar.

O amor na sua melhor mistura,
de razão com emoção, mais pura
prova de uma grande bravura.


O amor estimula às alianças,
sua presença traz mudanças,
renovando nossas esperanças.


O amor nos é linda sublimação,
se reconhecemos nele única razão,
de alcançarmos plena realização.


O amor, se vivido intensamente,
com todas as forças da nossa mente,  
certamente, se torna permanente.

O amor, chance de uma reiniciação,
reencontro que na reaproximação
reafirma uma enigmática ligação.

O amor, em sua magnitude latente,
se existente, verdadeiramente, faz 
da vida uma lareira incandescente. 

O amor é nossa maior satisfação,
na vida parece ser a única razão

da existência de uma eternização. 

Vannessa Adriana Butterfly

17 julho 2011


IGUAIS, PORÉM, DIFERENTES

Quando recomeçamos algo em nossa vida, às vezes, chegamos a acreditar que somos diferentes em tudo, mas, com o passar do tempo, percebemos que somos os mesmos, com o mesmo jeito de ser, de pensar, de sentir, de agir e, talvez, até com os mesmos hábitos, com os nossos limites delineando tudo, com os defeitos mais a mostra, e as qualidades bem escondidinhas.

Mas, estamos sempre tentando mudar, ou mudando sempre alguma coisa em nós para parecermos sempre diferentes, para nos sentirmos diferentes e melhores, e mesmo assim, inevitavelmente, nos sentimos, igualmente, como sempre.

E, isso é interessante, porque esse sentimento de tudo igual novamente, nos faz enxergar o que há de bom e ruim em nós mesmos, e o melhor a fazer é, assumir o nosso eu, que até pode continuar, eternamente, igual na essência, mas, podendo ser diferentemente na consciência, na vivência, na experiência.

Não há como escapar disso: ou nos assumimos como somos, ou passamos a vida lutando para ser quem não somos. E, devemos ter a consciência que, apesar de quase nunca conserguirmos nos mudar, essencialmente, temos a oportunidade de podermos mudar em algumas coisas, mas não podemos querer ou pensar que deixaremos de ser nós mesmos.

Então, não mudamos na essência, mas, mudamos muito de sonhos, mudamos de pontos de vista e de necessidades, e no decorrer da vida, vamos substituindo nossos desejos e expectativas. Se nada muda dentro de nós, os sentimentos que temos, as coisas, ou a meneira com que sofremos as coisas, também não mudam.

Podemos mudar a forma de lidarmos com quem somos, isso sim, faz a diferença, faz bem, nos faz melhor conosco e com os outros. O desejo de sempre ser outro, é na verdade, uma forma de nunca nos entregarmos à vida, estamos sempre fugindo de  autodefinirmos, fazermos nossas próprias escolhas, e arcarmos com as consequências de cada uma de nossas atitudes ou omissões, sejam boas ou ruins, cada uma delas.

E, a realidade é que, não é o começo e nem o fim de nada que nos faz mudar, mas a nossa vontade de ser melhor, e a nossa força de lutar para isso se tornar real, seja no início, no meio ou quase no fim de qualquer coisa, de qualquer época, em qualquer situação, com qualquer pessoa. Então, apesar de continuarmos sendo quem somos, essencialmente, podemos ser diferentes em tudo aquilo que tivermos vontade e atitude para mudar, sendo um novo ser no ser já existente em nós mesmos.

Vannessa Adriana Butterfly

06 julho 2011

 
 
LIBERDADE

L    iberte-me, pois sou unicamente uma tradução
I    terpretação dos meus mais íntimos mistérios
B   eirando um abismo que de cima não avisto o chão
E   xcluí-me de tristes e aprisionados critérios 
R   econstruindo uma ideia de grande inspiração  
D   escontruindo os cuidados que só parecem sérios 
A   ssumindo, que há uma liberdade de imaginação  
D   esvendando sempre os labirintos de impérios  
E   não permitindo, que de mim, façam compilação 

Vannessa Adryanna