18 janeiro 2012

 

DICOTOMIA

O amor é capaz de mudar todos os tristes e
incômodos físicos, emocionais e espirituais,
vividos por cada um de nós ao longo da vida.


E, pode mudar também, cada uma das muita
nuances da nossa vida, cada estação, fazendo
em qualquer tempo, qualquer momento, de
uma única e fantástica maneira sentirmos
como se vivêssemos uma eterna, linda, única
aromática, florida e colorida PRIMAVERA.

Sem o amor, parece que passamos pela vida
no preto e branco, ou, talvez, numa nuance de
cor neutra, quase indefinida como a cor cinza.

Sobrevivemos tropeçando, caindo, nos ferindo
em cascalhos, pisando em tenras folhas secas,
como se de alguma ou inevitável forma, fosse,
exclusivamente, obrigatório para que em todo
e qualquer momento, enfrentássemos todo
um, terrível, solitário, cinza e frio INVERNO.

Vannessa Adriana Butterfly

11 janeiro 2012


ORGULHO DE SER QUEM SOU


Orgulho próprio não é sinal de egoísmo, e nem de narcisismo, pelo contrário, é sinal de amor próprio, um dos principais componentes de uma vida construtiva, pois sem o orgulho, nos tornamos servos, exímios escravos de uma sociedade genuinamente hipócrita, falsamoralista, capitalista e inescrupulosa.

E, por fim, nos tornamos escravos de nós mesmos, de uma cultura sem nexo, e de costumes impostos, frutos da terrível massificação. Mas, apesar de eu ter consciência de ser assim há tempos, eu não me acostumo com essa sociedade, e me questiono o tempo inteiro: Será o que é melhor para nós, será o que pode nos fazer pessoas melhores, quando teremos dias melhores, com pessoas melhores?

O que será melhor? Ser uma pessoa que, a muito custo, tenta se enquadrar aos moldes ditados, e impostos por essa sociedade, para sentir-se incluído, como a maioria, e assim, aparentemente, ser bem aceita por ela? Ou, ser uma pessoa que, assim como eu, autêntica, se percebe diferente, e por não se identificar com a maioria, se sente obrigada a se assumir adversamente em relação ao senso comum e, também, a arcar com as muitas consequências da não aceitação por uma parte considerável da mesma?

Diante de tudo isso, ou somos mais ou menos em tudo, sempre aceitando imposições, manipulações, aceitamos a não termos opinião própria, pois parece que querem dirigir a nossa vida, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nossas atitudes e nossas reações diante do que nos fazem. Ou, então, somos criticados, massacrados, excluídos por todos àqueles que seguem um padrão que não inclui autenticidade.

E, por não escolherem a autenticidade, se permitem serem produtos do meio, produto de uma sociedade falsomoralista, julgadora e condenatória de todas as coisas que não se enquadram aos seus moldes, não se importando de passarem por cima de coisas, pessoas, sentimentos, e se esquecendo de se importarem se o resultado de seus comportamentos possam trazer transtornos às vidas de outras pessoas e, como consequência, às suas vidas também, e acabam por enganarem as outras pessoas, e a si mesmos.

Mas, infelizmente, ou felizmente, não sei, eu não aprendi a ser uma pessoa mais ou menos sincera, mais ou menos verdadeira, mais ou menos transparente, mais ou menos objetiva, mais ou menos um monte de coisas. Tudo que aprendi, nessa minha vida, foi ser inteira em qualquer que seja a situação, ocasião, lugar e com quem quer que seja, inclusive, comigo mesma.

Eu vivo à minha maneira e sem medo, e tenho plena consciência  de que não agrado muito, pois, como já disse, não sei fazer nada de um jeito mais ou menos, pois o que eu não quero é me tornar uma pessoa mais ou menos, com pensamentos, sentimentos, atitudes mais ou menos, quero ser uma pessoa inteira em integridade, sinceridade.

Eu prefiro ser uma pessoa inteira, quero em minha plenitude, quero sempre poder sentir orgulho de mim mesma, não quero interferir negativamente na vida de ninguém, e mesmo não conseguindo agradar a todos e de, às vezes, arrumar problemas com essa sociedade hipócrita, conseguir sentir-me em paz comigo mesma, e com todo o resto do mundo, poder ser feliz.

Eu me sinto completa sendo assim, pois sou quem eu quero ser, e vejo que tenho caráter e personalidade concretos e verdadeiros, pois não se abalam, não se corrompem diante de qualquer circunstância.

E, o melhor de tudo isso, é que eu aprendi algumas coisas muito importantes e de inigualável valor: A me assumir como sou, a querer e saber arcar com as consequências pela a pessoa que sou, aprendi a gostar de mim mesma pelo que sou e ter muito orgulho de ser quem eu sou.

Mas, eu não quero ser uma pessoa orgulhosa pretensiosa, prepotente, apenas uma pessoa que sente muito orgulho por ser quem é, independentemente do que as outras pessoas sentem, pensam e falam, mas, sem fazer mal a ninguém e nem mesmo a mim. Não quero um orgulho prejudicial, que fira as pessoas, mas quero só um orgulho que me leve em frente sem pisar em ninguém, que me impulsione a querer ser melhor.

E, quando, em algum momento, eu sentir esse orgulho querendo fugir de mim, ou tomando outra direção, quero ter percepção suficiente para saber e querer reconhecer, amadurecer, crescer, repensar, reconstruir, me superar, mudar as minhas ideias, minhas atitudes, os meus pensamentos, os meus sentimentos.

Pois, apesar da autenticidade que carrego, como reconhecida marca registrada da minha personalidade, tenho consciência de que não sou um ser completo, perfeito e imutável, e não tenho orgulho da teimosia que insiste ser imperiosa em todo ser humano. 

Mas, quero e vou continuar lutando contra mim mesma, contra as pessoas, e contra o mundo, para que as pessoas que me amam, pessoas que me cercam, que me conhecem na essência, e não só na aparência, continuem me admirando, sem me julgar, pelo contrário, tentem me entender, e me aceitar como sou, e que eu continue, sem medo de ser feliz, tendo muito orgulho de ser quem sou.

Vannessa Adryanna