27 fevereiro 2012



SEM JOGOS

Eu não participo de jogos de palavras, 
manipulações de atitudes, nem mesmo de 
distorções de sentimentos, pensamentos,
ações e reações, pois sou uma pessoa bem
sincera e sempre autêntica.

Eu falo ou demonstro, sem sair da linha, 
da ética, da moral, da educação e dos bons 
costumes, na cara de quem quer que seja, 
tudo o que eu penso e sinto, não sei viver 
de disfarces, envolta em falso moralismo.

Sou suficientemente mulher para assumir 
e, também, para arcar com cada uma das 
consequências, sejam elas, boas ou ruins, 
de tudo o que eu falo, de todas as minhas 
ações ou possíveis omissões.

Prefiro ser autêntica, e viver às prováveis
consequências dessa minha escolha, que 
sobreviver em infindo e total desconforto, 
ou ainda morrer sufocada pelas máscaras 
bem aparentes da hipocrisia. 

Não quero ser, e sei que não sou melhor que 
ninguém, muito menos a dona da verdade, 
até porque, a verdade é muito relativa, e 
cada pessoa tem a sua, e enxerga as coisas 
segundo um prisma diferente e único.

Mas, também não sou uma pessoa que sabe
ficar se escondendo por trás de convenções, 
do tipo,"politicamente correto", não quero 
desagradar a ninguém, mas não vivo em 
prol de agradar a todos, nem seria viável. 

E, apesar d'eu ouvir as pessoas dizerem que 
imponho o meu jeito de ser, e também, que 
elas não são obrigadas comigo assim conviver, 
mesmo assim, independente do que dizem eu 
prefiro ser eu mesma e mais ninguém. 

Vannessa Adriana Butterfly

07 fevereiro 2012


 UMA LIÇÃO DA VIDA 

A vida me lembra, sabiamente, cada novo dia,
Que ela é efêmera, e para não se tornar vazia
Eu devo aproveitar bem, a cada novo instante,
Como se fosse presente raro, sempre radiante.

Que eu preciso cuidá-la como de um brilhante,
Ladrilhá-la, tornando-a pública ao semelhante
E apresentá-la como bom exemplo de verdade,
Sem deixar de ser fiel à minha autenticidade.

Arestas devo aparar, sendo eu mesma a lapidar
Não posso, nas adversidades, chegar desanimar
Preciso moldá-la do jeito que eu melhor escolher,
Para eu alcançar a melhor maneira do bem viver.

Vannessa Adryanna

18 janeiro 2012

 

DICOTOMIA

O amor é capaz de mudar todos os tristes e
incômodos físicos, emocionais e espirituais,
vividos por cada um de nós ao longo da vida.


E, pode mudar também, cada uma das muita
nuances da nossa vida, cada estação, fazendo
em qualquer tempo, qualquer momento, de
uma única e fantástica maneira sentirmos
como se vivêssemos uma eterna, linda, única
aromática, florida e colorida PRIMAVERA.

Sem o amor, parece que passamos pela vida
no preto e branco, ou, talvez, numa nuance de
cor neutra, quase indefinida como a cor cinza.

Sobrevivemos tropeçando, caindo, nos ferindo
em cascalhos, pisando em tenras folhas secas,
como se de alguma ou inevitável forma, fosse,
exclusivamente, obrigatório para que em todo
e qualquer momento, enfrentássemos todo
um, terrível, solitário, cinza e frio INVERNO.

Vannessa Adriana Butterfly

11 janeiro 2012


ORGULHO DE SER QUEM SOU


Orgulho próprio não é sinal de egoísmo, e nem de narcisismo, pelo contrário, é sinal de amor próprio, um dos principais componentes de uma vida construtiva, pois sem o orgulho, nos tornamos servos, exímios escravos de uma sociedade genuinamente hipócrita, falsamoralista, capitalista e inescrupulosa.

E, por fim, nos tornamos escravos de nós mesmos, de uma cultura sem nexo, e de costumes impostos, frutos da terrível massificação. Mas, apesar de eu ter consciência de ser assim há tempos, eu não me acostumo com essa sociedade, e me questiono o tempo inteiro: Será o que é melhor para nós, será o que pode nos fazer pessoas melhores, quando teremos dias melhores, com pessoas melhores?

O que será melhor? Ser uma pessoa que, a muito custo, tenta se enquadrar aos moldes ditados, e impostos por essa sociedade, para sentir-se incluído, como a maioria, e assim, aparentemente, ser bem aceita por ela? Ou, ser uma pessoa que, assim como eu, autêntica, se percebe diferente, e por não se identificar com a maioria, se sente obrigada a se assumir adversamente em relação ao senso comum e, também, a arcar com as muitas consequências da não aceitação por uma parte considerável da mesma?

Diante de tudo isso, ou somos mais ou menos em tudo, sempre aceitando imposições, manipulações, aceitamos a não termos opinião própria, pois parece que querem dirigir a nossa vida, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nossas atitudes e nossas reações diante do que nos fazem. Ou, então, somos criticados, massacrados, excluídos por todos àqueles que seguem um padrão que não inclui autenticidade.

E, por não escolherem a autenticidade, se permitem serem produtos do meio, produto de uma sociedade falsomoralista, julgadora e condenatória de todas as coisas que não se enquadram aos seus moldes, não se importando de passarem por cima de coisas, pessoas, sentimentos, e se esquecendo de se importarem se o resultado de seus comportamentos possam trazer transtornos às vidas de outras pessoas e, como consequência, às suas vidas também, e acabam por enganarem as outras pessoas, e a si mesmos.

Mas, infelizmente, ou felizmente, não sei, eu não aprendi a ser uma pessoa mais ou menos sincera, mais ou menos verdadeira, mais ou menos transparente, mais ou menos objetiva, mais ou menos um monte de coisas. Tudo que aprendi, nessa minha vida, foi ser inteira em qualquer que seja a situação, ocasião, lugar e com quem quer que seja, inclusive, comigo mesma.

Eu vivo à minha maneira e sem medo, e tenho plena consciência  de que não agrado muito, pois, como já disse, não sei fazer nada de um jeito mais ou menos, pois o que eu não quero é me tornar uma pessoa mais ou menos, com pensamentos, sentimentos, atitudes mais ou menos, quero ser uma pessoa inteira em integridade, sinceridade.

Eu prefiro ser uma pessoa inteira, quero em minha plenitude, quero sempre poder sentir orgulho de mim mesma, não quero interferir negativamente na vida de ninguém, e mesmo não conseguindo agradar a todos e de, às vezes, arrumar problemas com essa sociedade hipócrita, conseguir sentir-me em paz comigo mesma, e com todo o resto do mundo, poder ser feliz.

Eu me sinto completa sendo assim, pois sou quem eu quero ser, e vejo que tenho caráter e personalidade concretos e verdadeiros, pois não se abalam, não se corrompem diante de qualquer circunstância.

E, o melhor de tudo isso, é que eu aprendi algumas coisas muito importantes e de inigualável valor: A me assumir como sou, a querer e saber arcar com as consequências pela a pessoa que sou, aprendi a gostar de mim mesma pelo que sou e ter muito orgulho de ser quem eu sou.

Mas, eu não quero ser uma pessoa orgulhosa pretensiosa, prepotente, apenas uma pessoa que sente muito orgulho por ser quem é, independentemente do que as outras pessoas sentem, pensam e falam, mas, sem fazer mal a ninguém e nem mesmo a mim. Não quero um orgulho prejudicial, que fira as pessoas, mas quero só um orgulho que me leve em frente sem pisar em ninguém, que me impulsione a querer ser melhor.

E, quando, em algum momento, eu sentir esse orgulho querendo fugir de mim, ou tomando outra direção, quero ter percepção suficiente para saber e querer reconhecer, amadurecer, crescer, repensar, reconstruir, me superar, mudar as minhas ideias, minhas atitudes, os meus pensamentos, os meus sentimentos.

Pois, apesar da autenticidade que carrego, como reconhecida marca registrada da minha personalidade, tenho consciência de que não sou um ser completo, perfeito e imutável, e não tenho orgulho da teimosia que insiste ser imperiosa em todo ser humano. 

Mas, quero e vou continuar lutando contra mim mesma, contra as pessoas, e contra o mundo, para que as pessoas que me amam, pessoas que me cercam, que me conhecem na essência, e não só na aparência, continuem me admirando, sem me julgar, pelo contrário, tentem me entender, e me aceitar como sou, e que eu continue, sem medo de ser feliz, tendo muito orgulho de ser quem sou.

Vannessa Adryanna

31 outubro 2011



MOMENTO TRISTE

Sinto-me tão triste,
que pela face em riste,
lágrimas insistem jorrar.


Assim, tão fumegantes,
meu coração a queimar,
e minh'alma a arrasar.


Sinto-me tão angustiada,
e não consigo fazer nada
a não ser, muito chorar.


Assim, vou me reservar
até que eu sinta passar
essa dor a me devastar.


Vannessa Adriana Butterfly